segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Psicanálise influenciando a minha prática pedagógica.

DISCIPLINA: CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM

CURSISTA: LUDOVINA MORAIS DE OLIVEIRA SILVA

ATIVIDADE 4 – PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO

TURMA: RJ07CA

MEDIADORA: NIVIA PEREIRA MASERI DE MORAES


A Psicanálise influenciando a minha prática educativa.



Gostaria de destacar aqui dois pontos analisados por Freud que norteiam a minha prática pedagógica. O primeiro é a ênfase dada à aplicação da Psicanálise à Educação que é a de ajudar aos educadores a refletirem sobre a própria dificuldade em educar e o segundo é sobre a impossibilidade de se ter métodos pedagógicos que sejam uniformemente bons para qualquer criança.

Sou professora de Matemática e trabalho com realidades diferentes dentro da sala de aula. Essa heterogeneidade muitas vezes se processa, sob o ponto de vista de nós professores, de forma extremamente negativa e nos dá a sensação de incapacidade para lidar com essas diferenças.

Nós, os professores atuais, somos frutos de uma educação engessada, descontextualizada e uniforme e que hoje nos exige uma postura diferente diante de nossos alunos. Foi preciso muito estudo para compreender que somos agentes de mudanças e que é preciso redefinir o perfil do educador dos dias atuais. Concordo plenamente com Freud, que em diversas ocasiões, chamou a atenção para a importância da formação adequada dos educadores. Adequado para mim é estar constantemente se preparando e educador é aquele que busca aprender sempre.

Admito ainda que tenho muito a aprender e por isso sempre busco novos caminhos para compreender os processos que norteiam o binômio ensino-aprendizagem. Com isso, eu me coloco diante da realidade dos meus alunos. São alunos que dialogam com as novas tecnologias e eu busco, através delas, atingir a todos e ao mesmo tempo, respeitar as individualidades e potencialidades de cada um.

Lanço mão da variedade de recursos que tenho a minha disposição, seja resolução de problemas, um software matemático, um vídeo, um documentário ou uma pesquisa feita na Internet. A cada dia me deparo com novos desafios, mas, me concentro nos meus objetivos que é encontrar a melhor forma para atender a todos com oportunidades iguais. Não tenho conseguido cem por cento nos resultados, mas com certeza o meu percentual tem crescido a cada dia.

Porém, sinto a necessidade de deixar registrado aqui. Mesmo utilizando os recursos tecnológicos que tenho em mãos, o meu maior recurso ainda é o trabalho em grupo. Procuro trabalhar sempre as atividades na sala de aula em grupos buscando atingir uma integração maior entre os alunos.

Nesse trabalho, as diferenças se complementam e com a integração todos aprendem e todos ensinam. O principal ponto é o incentivo a confiarem em si mesmos, a conquistarem independência e iniciativa em suas ações e, principalmente, a compartilharem com os colegas as suas descobertas. Acredito nesses requisitos para conquistarem a produtividade concordando com Freud ao dizer que, quando estamos utilizando o pensamento reflexivo, todos os caminhos são explorados e não ficamos cansados por isso e com Byngton ao afirmar que temos a convicção de que desenvolver a capacidade investigativa das pessoas que estão aprendendo representa não só (re)significar o conhecimento, dandolhe uma abrangência maior, mais especulativa e não só eminentemente prática quanto, e talvez principalmente, devolverlhe o prazer de aprender.

Para que isso verdadeiramente ocorra, precisamos reinventar a forma de ensinar e aprender. Eu acredito que, com a aprendizagem cooperativa, seremos capazes de encontrar novos caminhos para promover a aprendizagem e isso exige basicamente uma postura pedagógica inovadora de nós professores.



Referências Bibliográficas:

NEVES e NEVES, Antonio Mamede, Maria Apparecida Campos Mamede, Psicanálise e Educação. Acedido em 10 de Outubro de 2009 em http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000109683/img_upload/CA_UNID5_PSICANALISE_E_EDUCACAO_FREUD.pdf


BYNGTON, C.A. Pedagogia simbólica: a construção amorosa do conhecimento do ser, Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1996.

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